Sento
nesse banco maltratado pelo tempo e sinto que posso cair a qualquer momento. Minha
única companhia é meu sétimo cigarro, ainda apagado. O vento me corta e eu
penso em você.
Vejo uma
garota, um garoto ao lado. Antes de chegarem até mim, eles se despedem e o
menino entra no prédio. A garota olha para trás e volta sorrindo. Um sorriso
ingênuo, sincero e largo. Um sorriso de quem ama. E eu penso em você.
Pego meu
isqueiro e acendo o cigarro. Preciso me anestesiar. Espero que o sétimo consiga
isso.
Pra onde
você foi, José? Tá tudo cinza aqui.
A garota
passa por mim, duas garotas, três garotos, dois cachorros. Todos passam por
mim. E eu não existo.
Sento
aqui e sou um fantasma. Sou o que sobrou de mim depois de você, amor.
Chorando de emoção, tem texto novo e tá maravilhoso!
ResponderExcluirCara, tu escreve muito bem. Imaginei a cena toda na minha mente. :D
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